top of page

#TECHSCHOOL: Infraestrutura das salas de aula

  • clodovalc
  • 18 de mai. de 2015
  • 7 min de leitura

i405640.jpg

O cenário parece positivo: praticamente todas as escolas brasileiras têm um computador e 92% delas estão conectadas à internet. Os problemas aparecem quando os dados são analisados com um olhar mais meticuloso: o número de computadores em cada escola ainda é insuficiente, eles costumam ser instalados em locais inadequados ao uso pedagógico e a conexão à internet tem baixa velocidade nas escolas públicas. Além disso, falta capacitação aos professores para usar as Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs) no ensino.

TI1.jpg

TI2.jpg

TI3.jpg

O panorama vem da pesquisa TIC Educação 2012, realizada pelo Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR do Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação - CETIC.br, que entrevistou 1,5 mil professores de 856 escolas de todo o país (veja infográfico). E se a maioria das escolas possui computador, o número das que têm o equipamento disponível para a utilização dos alunos é bem menor. De acordo com dados do Censo Escolar 2012, 42,4% das escolas públicas urbanas e 78% das rurais não possuem laboratórios de informática. Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br, explica que as políticas públicas que levaram tecnologia às escolas tiveram sucesso relativo. "Na percepção da direção, o que mais dificulta o uso pedagógico é o número de computadores insuficiente e a baixa velocidade da internet", diz. De acordo com a pesquisa, 27% das escolas que possuem conexão à internet têm velocidade inferior a 1 Megabit por segundo (Mb/s) e apenas 17% têm velocidade de conexão superior a 8 Mb/s - em um grupo que engloba escolas públicas e privadas. "Na escola pública, a velocidade média de conexão à internet é de 1 a 2 Mb/s", conta. Na zona rural, a dificuldade é ainda maior e só 13% das escolas públicas possuem acesso à internet, de qualquer tipo, de acordo com o Censo de 2012. Outro problema é o uso do computador, ainda restrito ao laboratório de informática, quando deveria estar presente em sala de aula, local que concentra a rotina dos alunos na escola. "Apenas 4% das escolas públicas têm computadores e internet dentro de sala de aula", relata Barbosa. Formação docente Mas o grande nó no uso das TICs no ensino parece ser a capacitação dos professores. Segundo a pesquisa, 28% dos professores dizem ter habilidade insuficiente ou muito insuficiente relacionada ao uso profissional de computadores e internet. "O grande desafio hoje é ter o professor treinado para fazer o uso das TICs. O número de professores que sabem usar essas tecnologias está aumentando, mas ainda é um uso instrumental, quando o necessário é aprender a utilizá-las pedagogicamente, apenas usar computador e internet a nova geração já sabe", diz Barbosa. Nos cursos de pedagogia e licenciaturas o uso das novas tecnologias no ensino ainda é pouco abordado. Apenas 44% dos professores entrevistados no estudo do Cetic.br cursaram alguma disciplina sobre uso do computador e internet na graduação. Além das dificuldades técnicas, os professores argumentam ter pouco tempo e receio de conhecerem menos sobre as ferramentas que os alunos. Para Lígia Leite, vice-presidente da Associação Brasileira de Tecnologia Edu­cacional (ABT) e autora do livro Com Giz e Laptop - da concepção à integração de políticas públicas de Informática, os professores precisam conhecer as tecnologias disponíveis e ter sólida formação pedagógica para saber unir o conteúdo, a técnica e a didática. "E essa formação deve ser continuada porque sempre surge uma tecnologia nova, um recurso novo. É preciso fazer cursos rápidos que os habilitem a usar certa ferramenta. Além disso, em meio ao processo também é preciso fazer uma avaliação crítica para saber se as ferramentas estão sendo boas e se vale a pena continuar a utilizá-las", diz Lígia. A ausência do uso das TIC no Projeto Político-Pedagógico (PPP) da escola também compromete o trabalho a ser feito pelo professor, afirma Patrícia Alejandra Behar, coordenadora do Núcleo de Tecnologia Digital Aplicada à Educação da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e das Oficinas Tecnológicas do curso de especialização em Gestão Escolar da UFRGS. "Vejo que falta um projeto para inserção das tecnologias nas escolas, que explique como, para quê e por que usá-las. Os professores recebem tablets e não sabem o que fazer, acabam usando jogos e mais nada. É preciso integrar as TICs ao projeto pedagógico das escolas de forma positiva e desafiadora", diz. Patrícia ressalta que muitos professores têm uma carga horária alta e não dispõem de tempo para realizar cursos. A solução, segundo ela, seria aproveitar horários em que os docentes estão na escola, mas fora de sala de aula, como os Horários de Trabalho Pedagógico Coletivo (HTPC) ou períodos de férias dos estudantes. É essa a proposta do Crescer em rede - um guia para promover a formação continuada de professores para a adoção de tecnologias digitais no contexto educacional: orientar professores e coordenadores pedagógicos a organizarem um grupo de estudos na escola sobre o tema. O material, organizado por Luciana Allan, diretora do Instituto Crescer, aborda questões como pesquisas na internet, construção de blogs, uso de recursos audiovisuais, objetos digitais de aprendizagem e trabalho colaborativo. A segurança na internet, o perigo do ciberbullying e as oportunidades trazidas pelas redes sociais também são discutidos. Dividido em dez encontros, o guia mostra como planejar essa formação, registrar o resultado das reuniões e avaliar o trabalho desenvolvido. O livro pode ser consultado on-line ou baixado gratuitamente no site: http://institutocrescer.org.br/cresceremrede/. Programas do MEC Para levar as tecnologias digitais para as escolas públicas, o MEC criou vários projetos, como o Programa Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo), que leva computadores, recursos digitais e conteúdos educacionais às escolas, o projeto Um Computador por Aluno (UCA), que distribui netbooks para os estudantes e, mais recentemente, a distribuição de tablets para os professores do ensino médio. Para promover o acesso à internet há ainda o Programa Banda Larga nas Escolas (PBLE) e outras ações, como o Programa Nacional de Formação Continuada em Tecnologia Educacional (ProInfo Integrado), que orientam os educadores sobre o uso dessas tecnologias. Segundo os especialistas consultados, os projetos estão na direção certa, mas a qualidade e a quantidade de sua oferta ainda são insuficientes. "O MEC abriu os olhos para a necessidade de as escolas estarem conectadas e de as tecnologias pedagógicas serem disseminadas na rede pública de ensino. A direção é esta, mas ainda faltam investimentos em infraestrutura e suporte técnico", diz Patrícia. Para ela, o grande problema é a falta de manutenção. Se um computador estraga ou se ocorre um problema no servidor, não há quem se responsabilize e resolva a falha. Ela também lembra que a formação dos docentes para usar as tecnologias digitais ainda não é satisfatória, apesar de a tentativa existir. "Eles sabem o quanto é importante", diz. Para Lígia, o ponto forte dos programas desenvolvidos pelo MEC é a produção de objetos de aprendizagem, que têm uma oferta grande nas diversas áreas e são acessíveis a todos os interessados. "É uma semente lançada, mas não o suficiente. O Brasil é grande e muito diverso." O Banco de Objetos pode ser acessado em: http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/

Recursos Didáticos e Infra-estrutura

O IFRN goza de plenos direitos para ofertar cursos de pós-graduação lato sensu na modalidade a distância concedidos pela Portaria de autorização nº 871, de 07 de abril de 2006, do Ministério da Educação. Ademais, aliada a sua experiência em EaD, na produção de teleaulas para o curso a distância do Proitec, dispõe de infra-estrutura física para realização de cursos na modalidade a distância.

O Quadro 2 a seguir apresenta a estrutura fí­sica necessária ao funcionamento do Curso de Especialização em Educação Ambiental e Geografia do semiárido, na modalidade a distância. O Quadro 3 apresenta a relação da estrutura física mí­nima necessária nos polos de funcionamento dos cursos.

Quadro 2 – Quantificação e descrição das instalações necessárias ao funcionamento do curso.

Qtde.

Espaço Fí­sico

Descrição

08

Salas de AulaCom 40 carteiras, condicionador de ar, disponibilidade para utilização de computador e projetor multimí­dia.

01

Sala de Audiovisual ou ProjeçõesCom 60 cadeiras, projetor multimídia, computador, televisor e DVD player.

01

Sala de videoconferênciaCom 40 cadeiras, equipamento de videoconferência, computador e televisor.

01

AuditórioCom 100 lugares, projetor multimí­dia, computador, sistema de caixas acústicas e microfones.

01

BibliotecaCom espaço de estudos individual e em grupo, e acervo bibliográfico e de multimídia específicos.

02

Laboratório de InformáticaCom 20 máquinas, softwares e projetor multimí­dia.

01

Laboratório de Estudos de InformáticaCom computadores, para apoio ao desenvolvimento de trabalhos por alunos.

Quadro 3 – Quantificação e descrição das instalações necessárias ao funcionamento do curso nos polos.

Qtde.

Espaço Físico

Descrição

01

Sala de coordenaçãoCom computador, telefone, fax, impressora, mesas e cadeiras e acesso a internet.

01

Sala de AulaCom 40 carteiras, disponibilidade para utilização de computador e projetor multimídia.

01

Sala de videoconferênciaCom 40 cadeiras, condicionador de ar, equipamento de videoconferência, computador e televisor e acesso a internet.

01

BibliotecaCom espaço de estudos individual e em grupo, e acervo bibliográfico e de multimí­dia especí­ficos.

01

Laboratório de InformáticaCom 20 máquinas, softwares e projetor multimídia e acesso a internet e condicionador de ar.

01

Laboratório de Estudos de InformáticaCom computadores para apoio ao desenvolvimento de trabalhos por alunos

As experiências de educação a distância mostram que o processo de ensino e aprendizagem são mais ricos quando podem contar com polos de atendimento. Um indicador importante é a queda nos índices de evasão quando se dispõe desses ambientes de estudo, onde podem contar com uma infra-estrutura de atendimento e local para estudos, além de orientação e apoio efetivo dos tutores. Assim, os polos estabelecem e mantêm o ví­nculo dos estudantes com a entidade executora e deverão, portanto, funcionar como laboratórios pedagógicos com equipamentos que serão utilizados ao longo do processo ensino-aprendizagem.

Em relação ao processo ensino-aprendizagem, nos polos, serão realizadas aulas presenciais ou via videoconferência, teleaulas, tutoria presencial, estudos individuais ou em grupo, avaliações presenciais de conteúdo e institucionais. Para dar suporte a esse processo ensino-aprendizagem, a infraestrutura dos polos deverá contar com computadores com acesso à Internet banda larga e webcam (assessório que permitirá ao educando não apenas a assistir as videoconferências, mas também a interagir com os orientadores a distância), além de telefone ou outros meios que venham a ser necessários para que possa ocorrer a tutoria a distância.

Ademais, cada polo colaborará com o desenvolvimento regional, uma vez que poderá contar com atividades diversificadas, como cursos de extensão, atividades culturais e consultoria para a comunidade.

Além disso, os polos deverão contar com outros equipamentos e materiais para uso didático, tais como: revistas, obras literárias, softwares especí­ficos, materiais didáticos para oficina, televisores, videocassetes, CD’s e DVD’s, projetores de slides e projetores multimídia.

Os polos também deverão estar adaptados à recepção e permanência de estudantes e profissionais com necessidades educacionais especiais. Para tanto, devem contar, em sua infraestrutura fí­sica, com rampas de acesso, portas que permitam a entrada de cadeira de rodas, banheiros adaptados, carteiras para canhotos etc.

Cada polo deverá contar com uma biblioteca com, pelo menos, 500 exemplares de livros na área do curso e de áreas afins, incluídos, entre eles, os livros que constam na bibliografia básica de cada disciplina oferecida no Curso (cf. item 10: Conteúdo Programático).

É fundamental que os polos disponham dessa infraestrutura mí­nima, uma vez que ele contribui sobremaneira para a permanência do estudante no curso, estabelecendo interatividade entre o estudante e a entidade executora e propiciando um ambiente adequado ao pleno desenvolvimento das atividades pedagógicas.


 
 
 

Comments


© 2023 por Tendências de Negócios. Orgulhosamente criado com Wix.com

bottom of page